A coordenadora-geral do Planserv, Cristina Cardoso, comprometeu-se a analisar o pedido da Ahseb para a revisão no valor da remuneração da sessão de hemodiálise destinada a pacientes do plano acometidos pelos vírus B e C da hepatite. O repasse está congelado desde 2010.
A solicitação foi protocolada na tarde desta quarta-feira, 13, durante reunião na sede do órgão estadual, na avenida ACM, em Salvador.
No documento, o presidente da associação, Ricardo Pereira Costa, explica que as clínicas de nefrologia estão tirando do próprio bolso para cumprir a nova determinação da Anvisa, em vigor desde março último. A RDC número 11 prevê o uso único de dialisadores e linhas para portadores de hepatite dos tipos B e C.
Antes da norma, porém, os kits poderiam ser reutilizados em até 12 sessões.
Com isso, as unidades de hemodiálise ambulatorial passaram a ter despesas mais altas, como as tarifas públicas de água e energia elétrica, além da folha de pessoal e variação cambial do dólar acumulada nos últimos cinco anos.
Segundo Angiolina Kraychete, responsável técnica do Instituto de Nefrologia e Diálise (Ined), o procedimento da hemodiálise consome, em média, 400 litros de água por sessão e até 4 mil litros por mês.
De acordo com a coordenadora-geral do Planserv, o pleito da Ahseb será avaliado por uma comissão que trata das políticas de reajustes do órgão.
“Daremos um retorno à Ahseb contemplando todos os aspectos deste pedido. O cenário é adverso, o Estado vivencia isso nas suas finanças. Mas, se for necessário que façamos uma recomposicão, é claro que vamos ter que fazer”, afirmou Cristina Cardoso.
Também participaram da reunião o coordenador de políticas de saúde do Planserv, Reynaldo Rocha, e o coordenador de gestão de rede do plano, Paulo Santana.