Diversos aspectos ligados à infraestrutura de uma instituição de saúde foram discutidos na última quinta,5, no seminário promovido pela Ahseb, no Mundo Plaza Business Center. A abordagem passou por temáticas que abarcaram manutenção, tecnologias, ferramentas de controle, práticas, conceitos, impactos nos processos de acreditação, certificações, legislações, metodologia para otimização de custos.
A grade viabilizou para os presentes uma ampla abrangência do tema central, “Infraestrutura como promotora do cuidado e de resultados em saúde”, com três paineis contendo palestras específicas e técnicas, seguidas de debates reunindo pontos de vista e experiências complementares, trazendo, especialmente, gestores de estabelecimentos médico-hospitalares para serem debatedores. A apresentação do case Mater Dei possibilitou uma vivência prática para os profissionais, gestores, representantes de entidades participativas e de órgãos integrantes da plateia que lotou o auditório do local.
O primeiro painel foi aberto pelo engenheiro de atuação reconhecida na área, Fumio Araki. Em sua palestra, “A importância da infraestrutura do espaço de saúde no cuidado e segurança do paciente”, o consultor técnico de engenharia hospitalar fez um histórico do tema no Brasil, desde quando iniciou a sua carreira, em 1979, até os dias atuais. “Nessa época, a engenharia em unidade hospitalar estava começando, havia pouquíssima bibliografia sobre o tema, e a grande maioria das unidade tinha sua climatização fora dos padrões”, lembrou Araki. Teve ainda palestra do coordenador do serviço de engenharia clínica do Aliança, Lúcio Sarrizo, sobre a participação da engenharia clínica nos resultados em saúde, e do professor e diretor da Genesis, João Galdino.
No segundo painel, o assessor de equipamentos hospitalares do Hospital da Mulher Prof. Dr José Aristodemo Pinotti – CASIN Unicamp, Alexandre Hermini, falou sobre gestão da tecnologia com foco no paciente. “Não adianta ter ferramenta se não tiver processo”, disse ao colocar os principais entraves em relação à gestão de equipamentos hoje, em que é preciso compatibilizar infraestrutura com necessidade de tecnologia. Ivlison Souza, CEO da GlobalThings Tecnologia, em sua palestra “A tecnologia a serviço dos processos em saúde”, destacou a necessidade que as instituições têm de automatizar os processos para gerar menos gastos, mas que gera um investimento maior na implantação, o que faz com que acabem deixando a infraestrutura como fator secundário.
Já a professora Márcia Duarte, última palestrante do painel, trouxe uma abordagem bem prática, com exemplos bem próximos das rotinas das instituições, abordando metodologias para otimização de custos de manutenção preventiva e corretiva. “O dono do equipamento precisa se aproximar do equipamento, conhecer o que está adquirindo, se apropriar do que envolve sua compra”, disse ao esmiuçar termos de contrato com cláusulas relativas à manutenção e com termos ou tratamentos equivocados.
CASE E LEGISLAÇÃO – A programação da tarde teve um formato diferente com case sobre gerenciamento de ativos de sistemas críticos e mesa redonda sobre as exigências regulatórias para a gestão da qualidade, tecnologias e segurança do paciente- DIVISA E VISA municipal.
Ainda houve sorteios de brindes, de bolsas em curso e de três estadias em Itacimirim, Litoral Norte. Veja aqui galeria de fotos.
Na abertura, a relevância do tema foi consenso entre as representações presentes, saiba mais.
Fotos de Sidney Campos