A abertura irrestrita do capital estrangeiro a hospitais no país “corrige uma assimetria”, aponta o presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin. Ele prevê que, no curto prazo, o capital estrangeiro vai voltar a olhar o setor de saúde.
A Lei 13.097, publicado ontem no “Diário Oficial da União” (DOU), altera a Lei 8.080/1990 para permitir “participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde”
“A legislação anterior permitia o capital estrangeiro nas operadoras de planos de saúde que, por sua vez, podiam comprar hospitais. Mas os hospitais não podiam comprar outros hospitais com capital estrangeiro”, disse Balestrin.
“Vai haver visitas, conversas, estudos. O capital vai voltar a olhar o setor de saúde como opção de investimento”, disse o presidente da Anahp.
Segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), no período de quatro trimestres encerrado em 30 de junho de 2014, último dado disponível, a receita obtida pelo setor suplementar de saúde no Brasil cresceu 18% comparado com os quatro trimestres imediatamente anteriores, somando R$ 121,5 bilhões.
Estimativa da Confederação Nacional de Saúde (CNS) aponta que o setor de saúde tem participação de 10,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Fonte: Valor Econômico